São 1.871 quilômetros entre Baku e o Rio de Janeiro. E nunca essa duas cidades estiveram tão próximas. O futuro da COP29, que se realiza aqui, no Azerbaijão, depende do encontro do G20, a cúpula dos chefes de Estado que ocorre nesta semana no Brasil.
Por aqui, as negociações estão congeladas. Os países desenvolvidos, que não conseguem cumprir a meta de entregar US$ 100 bi por ano para o financiamento climático de nações desenvolvidas, fincam pé. As nações em desenvolvimentos, exigem mais: US$ 1 trilhão para pagar a conta de um estrago (o aquecimento global, decorrente do uso de combustíveis fósseis) que, dizem, não é delas. A COP29 entra em sua última semana em contagem regressiva para um Novo Objetivo Quantificado Coletivo (NCQG, em inglês). A nova meta substituirá os US$ 100 bi a ajudar o mundo em desenvolvimento a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.
Mas em Baku persistem muitas incógnitas a respeito do desafio: quem deve pagar, que tipo de financiamento incluir no total, e, acima de tudo, qual valor? O sucesso da COP29 (e porque não dizer, da conferência de Belém, em 2025) depende do que for acertado no Rio nesta semana.