O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira (30) que irá repatriar brasileiros que moram no Líbano diante do conflito vivido no Oriente Médio. Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), serão 220 repatriados. Entre eles, está a porto-alegrense Fernanda Mansur, que mora há seis anos em Baabda, que fica a cinco quilômetros de Beirute, a capital.
Conforme a FAB, a primeira decolagem ocorreu na madrugada desta quarta-feira (2), da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ).
Em entrevista à coluna, Fernanda relatou como foi o processo para se inscrever na lista dos brasileiros que retornarão para o Brasil.
— Por meio do WhatsApp da Embaixada, eles comunicam informações sobre a guerra e comentaram da oportunidade de repatriação. Enviaram um formulário e por meio dessa lista, puderam ver quantas pessoas tinham interesse. Ontem eles aprovaram a primeira leva e estão ligando para os primeiros que vão viajar. Ainda não me chamaram, diz que ainda vão ligar para as pessoas que vão entrar em um próximo voo.
A prioridade para o embarque será de mulheres, crianças e pessoas com necessidade de atendimento médico. Será utilizada uma aeronave modelo KC-30.
Cenário do Líbano
Segundo Fernanda, o cenário observado na cidade em que vive também mudou ao longo dos últimos dias. Poucas pessoas circulam nas ruas e não há trânsito.
— É uma mistura de sentimentos, porque uma noite está tudo tranquilo, se passaram poucas explosões, e na outra, eles colocam o anúncio que vão começar, que é para evacuar alguns lugares, aí começa as pessoas passarem pela tua casa, buzinando, apavoradas, correndo, e começam as explosões. Não sabemos o que esperar. É bem mais tenso, porque não sabemos o que vem.
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