O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
Depois de uma audiência pública contrária à construção de uma tubulação que levará esgoto desde a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) II, em Xangri-Lá, até o ponto de descarte final da rede, na bacia do Rio Tramandaí, e um manifesto do Ceclimar alertando para contaminação, o prefeito da cidade, Luiz Carlos Gauto da Silva, não descarta a possibilidade de judicialização da obra.
— Estamos enfrentando a situação e fomos surpreendidos com a obra. Nunca teve uma audiência pública e nem fomos consultados. Se não parar, talvez tenhamos de judicializar — afirmou o prefeito de Tramandaí à coluna.
Antes dessa medida, uma manifestação em defesa do Rio está agendada para sábado (31) na ponte entre Imbé e Tramandaí. Segundo Gauto, diversas entidades estarão presentes.
— Além disso, o Ministério Público Federal nos convidou para no dia 4 de setembro estarmos em Porto Alegre para uma reunião com Aegea e Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). Mas agora, já está quase na metade da obra e vamos pedir novamente para parar. Seria temerário lamentar depois do problema.
Segundo o prefeito, há o interesse por parte da gestão municipal no desenvolvimento da região, contudo respeitando a natureza.
— Queremos parar a obra para pensar em outras formas de descarte e de tratamento. Não confio nesses 95% de tratamento do esgoto que falam. Priorizamos o desenvolvimento e a sustentabilidade — pontuou.
A Corsan garantiu à coluna que todo o esgoto será tratado e que a eficiência do processo de limpeza é superior a 95% )(veja nota abaixo).
O que diz a Corsan
A Corsan esclarece que o esgoto que levará para lançamento no final da rede, no rio Tramandaí, estará 100% tratado. Os efluentes serão transportados a partir da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) II, com eficiência acima de 95%, o que elimina todo o risco de contaminação.
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