O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da CEEE Equatorial da Câmara de Vereadores de Porto Alegre deve sair em julho, antes do recesso parlamentar, que se inicia no dia 17. Nesta segunda-feira (24) a comissão fará novas oitivas, com a presença de três diretores da CEEE Equatorial.
A sessão teve início às 9h e recebe Júlio Hofer (assessor de Relações Institucionais); Bruno Coelho (Diretor de RH) e Sérgio Valinho (Superintendente Técnico). A expectativa da presidente da CPI, vereadora Cláudia Araújo (PSD), é de que os participantes apresentem relatório das ações que estão colocando em prática no Estado.
— Temos vários pontos a serem tratados com os representantes. Temos diversos relatos de funcionários da empresa terceirizada que vão aos locais com protocolos abertos, não resolvem (o problema) e dão (o serviço) como concluído. Então, a pessoa tem de abrir tudo novamente. Isso aconteceu muito em janeiro — explicou a presidente.
Depois da oitiva com os diretores, uma nova sessão deve ser realizada para ouvir o CEO da CEEE Equatorial, Riberto Barbanera. Após isso, a relatora, vereadora Comandante Nádia (PL), apresentará o relatório final, que será lido na Comissão. Caso aprovado, será encaminhado ao Ministério Público. A ideia, de acordo com a presidente, é finalizar esse processo uma semana antes do recesso.
Ida à Aneel
Ainda antes da enchente, a comissão já organizava uma viagem a Brasília para apresentar questionamentos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o trabalho de fiscalização da Equatorial no Estado. A ideia é realizar a viagem à capital federal em julho. As representantes da comissão serão a vice-presidente, Fernanda Barth (PL), e a relatora.
— O diretor-geral não vai atender, será a assessoria dele que responderá aos questionamentos — explicou. — A ideia é que cada vereador da comissão (de um total de 12) envie três perguntas. Assim, fica algo bem democrático — concluiu.
Demais oitivas
Na última semana, a comissão recebeu o promotor de Justiça da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Felipe Teixeira Neto, e o diretor da empresa Setup – prestadora de serviços da Equatorial –, Filipe Frasseto Machado. O diretor negou as acusações feitas pelo Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul (Senergisul) de falsificação dos certificados dos profissionais.