O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) colocou na mira golpistas que se aproveitam da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul para desviar dinheiro de doações via pix para suas contas.
O órgão firmou um termo de cooperação com uma empresa de tecnologia para monitorar sites e perfis em redes sociais que compartilham os dados falsos. A assinatura com a Offer Technologies LTDA está propiciando que o MPRS, de forma gratuita e durante 120 dias, monitore, classifique e exclua publicações contendo conteúdos abusivos, ilícitos ou fraudes.
A parceria foi firmada por meio do Núcleo de Inteligência do MP (NIMP).
Atenção 1!
A chave pix oficial do governo do Estado para ajudar as vítimas é CNPJ: 92.958.800/0001-38 - Banco do Estado do Rio Grande do Sul ou Associação dos Bancos no Estado do Rio Grande do Sul
Atenção 2!
Quando realizar a operação, confirme que o nome da conta que aparece é "SOS Rio Grande do Sul" e que o banco é o Banrisul.
A empresa que firmou parceria com o MPRS já trabalhou com a equipe do Cyber Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no monitoramento de produtos comercializados durante a pandemia de covid-19. A companhia está disponibilizando gratuitamente os serviços de inteligência artificial, serviços de analistas, motores de busca, entre outros. O acordo foi fechado por meio da subprocuradora-geral de Justiça para Assuntos Institucionais Isabel Guarise Barrios.
Mais de 30 perfis falsos, que utilizavam o card do governo do Estado informando chaves de pix erradas (para direcionar a ajuda a falsários), foram derrubados a partir do acordo com a Meta (Facebook e Instagram).
O MPRS também está de olho na disseminação de desinformação ("fake news") sobre a tragédia.
No sábado (11), o órgão obteve liminar na Justiça que obriga um perfil que estava disseminando conteúdo falso a retirar o material do ar. O texto se tratava de informação falsa sobre suposta retenção de barcos e jet skis no socorro a vítimas da enchente no RS. A juíza Fernanda Ajnhorn, do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, determinou em decisão liminar que a Meta, responsável por Facebook e Instagram, excluísse publicações que questionam, sem provas, a atuação do Estado em ações de socorro às vítimas da tragédia climática. O nome do alvo da ação não foi divulgado, mas GZH apurou que se trata de Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di.
Em outro caso, também no final de semana, conforme noticiado pela colunista Rosane de Oliveira, a Justiça determinou ao vereador Jonas Dalagna (PP), de Canoas, que retire das redes sociais publicação em que acusa a prefeitura do município de querer requisitar doações dirigidas a outras cidades e sequestrar bens de empresas para destinar aos atingidos pela enchente.
A juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, que assina a liminar, também determinou ao Facebook que exclua as publicações contendo matérias falsas relacionadas com o objeto da ação (confisco de doações), sob pena de multa a ser fixada para o caso de descumprimento.