O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.
De Tapejara, no norte do Estado, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Rogério Favreto está em crescimento na disputa por uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo encontra-se na fase de entrevistas e análises curriculares com os candidatos. Em seguida, é formada a lista tríplice e encaminhada ao presidente Lula, que escolhe um dos nomes. Na sequência, ocorrem sabatinas no Senado Federal.
Favreto ficou conhecido em 2018 por emitir um habeas corpus ao presidente Lula, que estava preso em Curitiba na Operação Lava-Jato.
Atualmente, o magistrado atua na 3ª Turma do TRF4, atuando na competência Administrativa, Civil e Comercial. Ele conta com 21 anos de advocacia e quase 13 de magistratura federal. À coluna, afirmou nesta quarta-feira (17) que já realizou algumas entrevistas com os atuais ministros do STJ e aguarda posicionamento do plenário. Ainda não há prazo para o processo ser finalizado.
— Me habilitei (à vaga no STJ) pelo meu tempo de atuação. Acredito que posso contribuir para o processo. O Rio Grande do Sul está sem representação. Os outros Estados do Sul contam com seus representantes e seria importante para o Estado gaúcho ter um representante — explicou.
Conversas de bastidores afirmam que ele teria proximidade com Lula, o que poderia ajudar na escolha. Questionado, afirmou que são especulações e que, em respeito ao STJ, não tratou sobre o assunto com ninguém do PT, ao qual foi filiado por mais de 20 anos. Ele deixou a sigla em 2010.
— Se tiver êxito, então virá o movimento de solicitar o apoio, mas o governo tem quatro ministro que fazem essa aferição, que é a AGU (Advocacia-Geral da União), a Justiça, Casa Civil e Relações Institucionais — completou.
Do TRF4, há outros dois indicados, que são Ricardo Teixeira do Valle Pereira, de Santa Catarina, e Marcelo De Nardi, que é gaúcho de Porto Alegre.