Depois de ser criticado pelo sigilo de cinco anos que havia imposto à lista de convidados do coquetel no Itamaraty, na noite da posse, em 1º de janeiro, o governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu divulgar a relação.
O primeiro pedido havia sido feito pela Revista Veja, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), mas foi negado o acesso. O governo alegava que a publicação dos nomes poderia colocar em risco a segurança do presidente e do vice, além de outras autoridades, uma vez que aparecem na lista familiares e amigos. Também alegou que a divulgação poderia ameaçar as relações externas do Brasil, constrangendo aliados.
Enquanto estava na oposição e durante a campanha eleitoral, o PT foi um dos principais críticos aos sigilos impostos pelo então presidente Jair Bolsonaro para decisões governamentais e envolvendo seu círculo familiar e de amigos.
A divulgação, agora, atende a novo pedido, dessa vez do portal Metrópoles.
Na relação, além dos nomes, é possível observar alguns cargos, como governadores, embaixadores e encarregados de Negócios) ou a relação com a pessoa convidada - caso dos cônjuges.
Uma olhada rápida pela lista permite observar convites feitos a artistas, influenciadores digitais e vários religiosos - como o pai de santo Antonio Caetano de Paula Junior, quatro padres (Domênico Costela, Julio Lancelloti, Reinaldo Campelo e "Padre João").
Há vários jornalistas, de diferentes veículos de comunicação brasileiros, na relação.
Entre as delegações estrangeiras, há representantes de países rivais ou mesmo sem relações diplomáticas entre si - caso de Estados Unidos e Irã. Também aparecem os enviados de Rússia, Cuba, China, Venezuela e Nicarágua.
Entre os líderes de setores da sociedade civil, aparecem os presidentes da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Josué Augusto do Amaral Rocha, além de representantes sindicais.
Entre os governadores está Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.
O valor anunciado do coquetel: R$ 627,9 mil.
Veja a íntegra da lista.