Como já era esperado, Donald Trump anunciou sua pré-candidatura às eleições de 2024. Mas trata-se de um Trump menor que se apresenta a voltar à Casa Branca.
Ele mantém o discurso combativo de sempre e a promessa de "fazer os Estados Unidos grandes outra vez" (Make America great again). Porém, à velha fórmula foram acrescidos dois componentes: a vitimização e críticas mais ferozes ao governo Joe Biden.
Em Mar-a-Lago, ele se disse vítima de perseguição política em referência aos processos que responde na Justiça desde que deixou o governo - em especial por sua influência na invasão do Capitólio. Depois, criticou a política econômica de Biden e afirmou que o presidente democrata está conduzindo o mundo a uma guerra nuclear. Exagerou.
Trump tem ainda um grupo muito fiel de seguidores, apesar de sua alta taxa de rejeição.
O ex-presidente saiu enfraquecido da eleição de meio de mandato (as Midterms) porque a vitória dos republicanos na disputa para o Congresso foi menor do que se imaginava - ganhou maioria na Câmara, mas não no Senado. E candidatos radicais que Trump apoiou em Estados importantes perderam.
Outra novidade é que surgiu um nome muito forte e relativamente novo para enfrentá-lo: Ron de Santi, governador da Flórida, foi reeleito com uma votação expressiva. Ainda não é um nome nacional, mas pode começar a construir sua candidatura para disputar a nomeação interna do partido para 2024.