Brasília, 20°C.
A quarta-feira (16) amanhece aqui na capital com tempo muito encoberto. Tem chovido mais do que o normal para essa época do ano em Brasília - inclusive, no feriado de 15 de Novembro, o mau tempo provocou estragos no acampamento de ativistas pró-Jair Bolsonaro, que se reúnem em frente ao quartel-general do Exército, pedindo "intervenção federal". O local tomado pela água, e a chuva dispersou boa parte do público.
Ao longo do feriadão, a Esplanada dos Ministérios foi interditada. Na Praça dos Três Poderes, a circulação ficou restrita.
Mas vamos aos temas do dia:
1 - Às 11h, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciará novos integrantes dos grupos técnicos do gabinete de transição no Centro Cultural Banco do Brasil, QG da transição aqui em Brasília.
2 - Às 16h30min, Alckmin receberá do presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, o relatório com informações solicitadas pelo gabinete de transição. Trata-se de um diagnóstico detalhado e setorizado das intervenções em andamento e empreendimentos paralisados durante o governo atual.
Além disso, o tribunal vai apontar uma lista com 29 áreas críticas no Executivo, onde há risco de fraude, desperdício, indícios de abuso de autoridade, má gestão ou necessidade de mudanças profundas. Conforme o TCU, há problemas nas áreas de saúde, educação, transporte, benefício assistencial, contratação pública, segurança cibernética, entre outros. O documento também aponta falhas no controle do desmatamento ilegal e no enfrentamento da covid-19.
3 - Há muita expectativa sobre a divulgação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Há especulação de que seja apresentado nesta quarta-feira (16), mas nos últimos dias, os quatro economistas da equipe de transição- André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida - pediram acesso ao documento.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que está em Sharm el Sheikh, conversou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na terça-feira sobre a ideia de retirar os gastos do Auxílio Emergencial (futuro Bolsa Família) do teto de gastos por quatro anos - e não apenas em 2023 ou por tempo indeterminado. Ainda que o texto seja apresentado nesta quarta-feira (16), há dúvidas de como será atingido o consenso para aprovação.