Esta semana deve ocorrer em Brasília quatro seminários do grupo técnico de Infraestrutura do gabinete de transição. Nomeados pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, os representantes farão um diagnóstico da situação de rodovias, ferrovias, aeroportos e linhas aéreas e setor aquaviário do país. Como tem ocorrido em outros núcleos temáticos, os participantes esperam, durante esses encontros, ter acesso detalhado a planos e projetos em andamento pelo atual governo.
Serão nesses encontros que serão incluídas as discussões sobre o estudo de concessão de rodovias federais no Rio Grande do Sul, que prevê concessão de 674,1 quilômetros e criação de 13 praças de pedágios.
- A ideia é que o governo atual transmita para o próximo a responsabilidade de conduzir todas essas discussões. Não é só esse caso (do Rio Grande do Sul). Existem dezenas de situações semelhantes em vários Estados, além de casos que envolvem aeroportos e portos - afirma o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
O projeto prevê a concessão de trechos das BRs-116 (Porto Alegre-Camaquã), 158 (Santa Maria-Panambi), 290 (Porto-Alegre-São Sepé), 392 (Santana da Boa Vista-Santa Maria) por 30 anos. O investimento previsto é de R$ 4,4 bilhões. O projeto enfrenta a oposição de parlamentares gaúchos do PDT, PSDB, além do próprio PT.
Além de Pimenta, o grupo de trabalho de Infraestrutura do novo governo é integrado por nomes como o do mestre em economia e ex-presidente do Banco Fator Gabriel Galipolo, da ex-ministra do Planejamento no governo Dilma Rousseff Miriam Belchior e do ex-ministro-chefe da Secretaria Nacional dos Portos do Brasil, Maurício Muniz.