O monitor Our World in Data, da Universidade de Oxford, registra nesta quinta-feira (8) que o Brasil aplica 51,8 doses de vacina contra a covid-19 para cem habitantes. Isso significa que, se colocássemos cem brasileiros em uma sala, 38 deles teriam recebido uma dose ou mais. Desses 38, 14 já teriam recebido a segunda dose, ou seja estariam totalmente protegidos. Logo, 24 tomaram apenas uma dose. E 62 deles não teriam recebido nenhuma dose.
A explicação do professor Álvaro Krüger Ramos, do Departamento de Matemática Pura e Aplicada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) leva em conta os percentuais da população brasileira imunizada com ao menos uma dose e com as duas injeções. Não é possível discriminar, com base no monitor de Oxford, quantos brasileiros receberam a vacina da Janssen, que prevê dose única. Ainda assim, a estimativa é válida uma vez que ainda são poucos os lotes do produto fabricado pela Johnson & Johnson que estão chegando ao país e sendo aplicados à população.
Israel foi o primeiro país do mundo a aplicar mais doses do que o total de sua população em 9 de março. Atingiu as 50 doses para cem habitantes em 27 de janeiro. Hoje, registra 125,73 doses para cem habitantes.
O índice brasileiro é muito parecido com o da Argentina, que registra nesta quinta-feira (8) 51,59 doses para cem habitantes. Logo, a comparação acima, de cem brasileiros dentro de uma sala, é equivalente para os argentinos.
Chile e Uruguai, que lideram a vacinação na América do Sul, tem, respectivamente, 123,17 doses para cem habitantes, e 121,27 doses para cem habitantes.
Todos os demais países do subcontinente têm números inferiores.