Os primeiros movimentos do governo eleito nos Estados Unidos demarcam uma fronteira abissal entre Joe Biden e Kamala Harris e Donald Trump e Mike Pence.
No primeiro dia útil após conquistar a maioria no colégio eleitoral, tocando aceleradamente a transição à revelia da tradição, que manda o derrotado conceder a vitória ao rival, Biden colocou o combate à covid-19 no centro, designando os cientistas que coordenarão a luta de seu governo contra a pandemia.
O comitê será liderado pelo epidemiologista e ex-comissário da FDA (Agência Federal de Alimentos e Medicamentos) David Kessler, o ex-secretário de Saúde Pública Vivek Murthy e a professora de Saúde Pública da Universidade de Yale Marcella Nunez-Smith. O comitê terá 10 membros, de imunologistas e epidemiologistas a especialistas em biodefesa e autoridades de Saúde Pública.
As ações são anunciadas no dia em que os Estados Unidos passam dos 10 milhões de infectados e 237,7 mil mortos, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. Não só encarar o problema com prioridade, como deveriam fazer todos os governantes, Biden e Kamala sinalizam que irão colocar à frente das decisões a ciência.
A pandemia continua sendo "uma das batalhas mais importantes que nossa administração enfrentará, e a ciência e os especialistas me informarão", afirmou Biden no comunicado.
O comitê científico ajudará a criar a estratégia para combater a propagação do vírus, assim como garantir que uma vacina segura seja distribuída de maneira eficiente, protegendo a população de risco.