Sepultamento e gritos de vingança
A segunda semana de 2020 foi marcada pela tensão no Oriente Médio, que, por pouco, não viveu uma nova guerra aberta entre Estados Unidos e Irã. O funeral de general iraniano, Qassem Soleimani, reuniu multidões no Iraque e no Irã, com gritos de "morte aos EUA". Na cerimônia em Kerman, sua cidade natal, dezenas pessoas morreram pisoteadas, na terça-feira (7).
Ataque dos aiatolás
A resposta iraniana veio na madrugada de quarta (noite de terça em Brasília), com foguetes e mísseis jogados contra as bases americanas de Al-Asad e Erbil. O mundo prendeu a respiração à espera de uma retaliação dos Estados Unidos.
Em pronunciamento à nação, o presidente Donald Trump colocou panos quentes: disse que o Irã estava recuando. O fato de ninguém ter morrido na ação militar contribuiu para acalmar os ânimos.
Tragédia aérea
Na mesma noite do ataque iraniano às bases americanas, o Irã foi palco de um terremoto, que não deixou vítimas. Mas a semana horribilis do Oriente Médio não terminava ali. Cinco horas após a ação militar, um Boeing de uma companhia ucraniana caía logo depois de decolar do aeroporto de Teerã. Todas as 176 pessoas a bordo morreram. Na quinta-feira, cresceram as suspeitas de que a aeronave foi abatida por um míssil, de forma equivocada, lançado pelo Irã. Os aiatolás negam.
Guaidó reeleito
Juan Guaidó, presidente autoproclamado da Venezuela, enfrentou problemas para se reeleger como chefe da Assembleia Nacional. Militares impediram sua entrada no prédio do parlamento. Mas, cercado de apoiadores, o líder da oposição conseguiu furar o bloqueio. Primeiro, Nicolás Maduro anunciou que o deputado Luis Parra era o novo líder da Assembleia, após uma votação realizada com a sede do Legislativo cercada pela polícia. Horas depois, opositores fizeram uma sessão alternativa com a presença de cem deputados e reelegeram Guaidó.
Proibido de sair
Ex-chefão da Nissan, o empresário brasileiro Carlos Ghosn foi proibido na quinta-feira de deixar o Líbano. Ele é acusado de crimes financeiros, ele aguardava julgamento há mais de 1 ano no Japão. Na quarta-feira, falou pela primeira vez depois de escapar do Japão, mas se negou a revelar detalhes da fuga. Ele se defendeu das acusações e disse que esperava mais ajuda do governo brasileiro.
Brexit avança
Após três anos de discussões, a Câmara dos Comuns (a Câmara baixa, a mais importante do parlamento britânico) aprovou em segunda votação o acordo de saída do país da União Europeia, o Brexit. Foram 330 votos a favor e 231 contrários. Com isso, o assunto agora seguirá para a Câmara dos Lordes e, depois, para a bênção da rainha Elizabeth II. Se tudo ocorrer como o planejado, essas duas etapas devem ser concluídas até o final do mês, antes de 31 de janeiro, data para a qual o Brexit está marcado.