A briga entre Macron e Bolsonaro
A crise internacional deflagrada pelos incêndios na Amazônia arrefeceu, dando lugar a uma rusga pessoal entre o presidente Jair Bolsonaro e o francês Emmanuel Macron. Faltou diplomacia: o brasileiro endossou o comentário de internauta que zombou da primeira-dama Brigitte Macron por ser 24 anos mais velha que o marido.
A publicação viralizou e foi repercutida na imprensa francesa, que a classificou como sexista. Na segunda-feira (26), Macron disse que o comentário de Bolsonaro foi "triste" para os brasileiros, uma "vergonha" para as mulheres brasileiras e "extremamente desrespeitoso". Nas redes sociais, brasileiros pediram desculpas para Brigitte, que respondeu na quinta-feira (29) com um "muito obrigado" aos brasileiros. A relação entre França e Brasil segue arranhada.
Cresce a expectativa por um encontro entre Donald Trump e o presidente do Irã, Hasan Rowhani. A ida do chanceler iraniano a Biarritz, durante o G7, no fim de semana, acelerou o degelo das relações. O presidente francês, Emmanuel Macron, tem buscado uma alternativa para salvar o acordo nuclear, rompido pelos Estados Unidos, por entender que os aiatolás não estão cumprindo a sua parte – e continuariam enriquecendo urânio.
Moratória na Argentina
A crise na Argentina teve novo capítulo na quarta-feira (28), quando o governo decidiu declarar moratória (adiar o prazo de pagamento) de parte de sua dívida de curto prazo. O país vai ainda renegociar as de médio e longo prazos, inclusive a parcela referente a empréstimos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Cenário é cada vez mais sombrio para o presidente Mauricio Macri, que tenta a reeleição em 27 de outubro.
O lance autoritário de Boris Johnson
O governo Boris Johnson adotou uma manobra polêmica, com toques de autoritarismo incomuns no Reino Unido. Para acelerar a ruptura litigiosa com a União Europeia (UE), o Brexit sem acordo, ele anunciou que irá suspender, a partir de 10 de setembro, as atividades do parlamento por cinco semanas. Isso deixará os deputados com pouco tempo para discutir um acordo para o Brexit, previsto para 31 de outubro.
Salvini perde e ex-premier volta ao cargo
Um acordo político foi alcançado entre o Partido Democrata e o Movimento 5 Estrelas na Itália. Assim, foi barrada a manobra de Matteo Salvini (Liga, de extrema-direita), que rompeu a coalizão de governo para forçar novas eleições _ e, possivelmente, ele se tornar primeiro-ministro do país. Com a nova aliança, dessa vez com a centro-esquerda, Giuseppe Conte voltará ao cargo de chefe de governo.