A condenação de Joaquín Guzmán, conhecido como El Chapo, um dos maiores traficantes internacionais das últimas décadas, é simbólica. Mas não colocará fim ao problema do tráfico de drogas entre Estados Unidos e México.
O argumento de que o muro ajudará a resolver a questão também é falacioso. Mais de 90% da cocaína que ingressa em território americano chega por postos de fronteira – em veículos que entram legalmente nos Estados Unidos.
No México, as disputas entre os cartéis só aumenta: os herdeiros de El Chapo em Sinaloa aliaram-se ao cartel do Golfo na luta contra os rivais Los Zetas, que estão ao lado do Novo Cartel de Juárez (na fronteira entre Ciudad Juárez e El Paso). Por fora, corre o cartel de Jalisco Nova Geração, também chamado de Matazetas, por ser rival dos Zetas.
Enquanto isso, El Chapo deve passar o resto da vida em uma prisão americana.