O traficante mexicano Joaquín Guzmnán Loera, conhecido como El Chapo, foi considerado culpado nesta terça-feira (12) por dez acusações criminais, entre elas tráfico de drogas, e agora pode ser sentenciado à prisão perpétua, no fim de um julgamento que durou quase três meses em Nova York, nos Estados Unidos.
A condenação encerra um reinado de violência e corrupção de um traficante que passou anos escapando da lei enquanto continuava acumulando poder e riqueza com o império que construiu ao longo dos anos e por meio do qual enviou toneladas de drogas aos Estados Unidos.
El Chapo ficou conhecido pelo alcance do Cartel de Sinaloa, que, segundo os procuradores responsáveis pelas acusações, era a "maior e mais prolífica organização de tráfico de drogas do mundo".
Ele também protagonizou fugas ousadas de prisões mexicanas, entre elas vez em que escapou de um presídio de segurança máxima, em 2015, após cavar um túnel de dentro de sua cela.
O criminoso foi perseguido e preso novamente, e então extraditado aos EUA, onde enfrentava diversas acusações federais em vários locais.
A decisão do júri foi tomada depois de mais de uma semana de deliberações na corte distrital federal do Brooklyn, onde os procuradores apresentaram inúmeras evidências contra o líder do cartel, entre elas depoimentos de 56 testemunhas - 14 das quais trabalharam com El Chapo em algum momento.
Após o veredicto lido pelo juiz Brian Cogan, na corte federal do Brooklyn, nos Estados Unidos, o ex-chefe do cartel de Sinaloa cumprimentou sua jovem esposa Emma Coronel.
A mulher, de 29 anos, levantou o polegar da mão direita, cruzou as mãos no peito e beijou-o antes que os policiais retirassem El Chapo rapidamente da sala.