O afago que o presidente Jair Bolsonaro esperava dos Estados Unidos, após repetidos sinais de alinhamento entre os governos brasileiro e americano, veio, como de costume, pelo Twitter na tarde desta terça-feira:
"Parabéns ao presidente @jairbolsonaro, que acabou de fazer um grande discurso de posse - os EUA estão com você", disse o presidente Donald Trump.
O presidente dos EUA não participa de posses de outros chefes de Estado e de governo pelo mundo. Não é diferente no caso de Bolsonaro.
Minutos depois, Bolsonaro respondeu a Trump também pelo Twitter: "Caro senhor Presidente @realDonaldTrump, eu realmente aprecio suas palavras de encorajamento. Juntos, sob a proteção de Deus, devemos trazer prosperidade e progresso a nossos povos!"
A Casa Branca enviou a Brasília uma delegação liderada pelo secretário de Estado Mike Pompeo. O grupo é integrando ainda por Mark Green, diretor da agência americana para o desenvolvimento internacional, William Popp, encarregado de assuntos Comerciais na embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Mauricio Claver-Carone, assistente especial para o presidente e responsável por América Latina no Conselho de Segurança Nacional, e Julie Chung, assistente adjunta ao secretário.
Após a eleição, em outubro, Trump enviou ao Brasil o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, que se encontrou com o então presidente eleito. Logo após a posse, está prevista uma reunião de Bolsonaro com a delegação dos Estados Unidos. Entre os temas, estarão as práticas comerciais "predatórias" da China, laços econômicos, estreitamento comercial e tecnologia, direitos humanos na Venezuela, Nicarágua e Cuba. Os EUA desejam que o Brasil lidere uma solução para a crise no país de Nicolás Maduro. Nas últimas semanas, a crise na Nicarágua passou a dominar as preocupações americanas.
Também serão tratados assuntos como a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém e crimes transnacionais e terrorismo.
Antes, o presidente da Bolívia, Evo Morales, que está em Brasília, afirmou que tem convicção de que as relações Bolívia-Brasil têm raízes profundas de laços de irmandade e complementaridade" dos dois povos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, publicou um vídeo em que aparece sorrindo no plenário do Congresso Nacional, de onde acompanhou o discurso de Bolsonaro. Ele disse estar orgulhoso em representar o Estado de Israel na cerimônia e destacou que tem um laço de amizade com o presidente brasileiro.