Os principais jornais, sites e emissoras de TV internacionais acompanham a posse do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, com destaque para os veículos de comunicação de nações vizinhas ao Brasil.
Os argentinos La Nacion e Clarín, de Buenos Aires, abriram amplo espaço ao vivo para a cerimônia. o La Nacion destacou em seu título: "Jair Bolsonaro assumiu como presidente e começa o governo de ultradireita no Brasil".
O jornal argentino afirmou que havia 73 anos um militar democraticamente eleito não assumia a presidência do "gigante sul-americano".
Antes de Bolsonaro, apenas dois militares ocuparam o cargo após eleições: Hermes da Fonseca e Eurico Gaspar Dutra.
O Clarín informou no título de capa: "Assumiu Jair Bolsonaro e chamou a libertar o Brasil da corrupção e da criminalidade". O periódico salientou o pronunciamento do presidente no Congresso, no qual Bolsonaro prometeu observar "as garantias fundamentais de nossa Constituição".
Na França, o jornal de tradição de esquerda Le Monde afirmou em sua manchete no site: "No Brasil, Jair Bolsonaro assume o poder".
O periódico salienta que a posse marca a vitória da extrema-direita, dos militares, dos céticos com relação ao clima e do liberalismo econômico e destaca um ponto de inflexão radical 15 anos após a chegada ao poder da esquerda, com Luiz Inácio Lula da Silva.
O madrilenho El País deu ênfase em sua manchete na home à fala do presidente: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", lema da campanha do então candidato Bolsonaro, repetido ao encerrar o pronunciamento no Congresso. O periódico faz cobertura minuto a minuto da cerimônia.
O americano The Washington Post afirmou no título: "Com a posse de Jair Bolsonaro, o Brasil se move rapidamente para a direita". O jornal afirmou que Bolsonaro conduziu uma "revolta populista" contra a classe política tradicional. Descrito pela publicação como "um ardente admirador de Trump", o Post destacou o discurso do presidente no Congresso, no qual Bolsonaro prometeu afastar a nação da "política externa de esquerda".
O título do britânico The Guardian dizia: "Nacionalista de extrema direita empossado como presidente do Brasil". A reportagem destaca a frase de Bolsonaro no final do discurso perante o parlamento: "Vou trabalhar incansavelmente para que o Brasil se encontre com o seu destino".