O torniquete sobre o governo de Nicolás Maduro deve ficar mais apertado nos próximos dias. Depois da suspensão no âmbito do Mercosul, tudo indica que a Venezuela será, agora, punida no máximo fórum internacional do continente. Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, México e Peru pediram ontem que seja iniciado o procedimento para a suspensão da nação na Organização dos Estados Americanos (OEA).
O argumento é o mesmo aplicado em âmbito regional: ruptura da ordem democrática.
O isolamento aumentou depois da reeleição de Maduro, no dia 20, não reconhecida por parte da comunidade internacional. Os sete países apresentaram o projeto de resolução durante a 48ª assembleia, que ocorre em Washington. O alinhamento de governos de centro-direita na América Latina, além da postura crítica de Donald Trump, selam o destino da Venezuela. Seus únicos aliados são Nicarágua, Bolívia e Cuba, que lidam com seus próprios problemas. Daniel Ortega vive uma crise particular na Nicarágua. Evo Morales tem se mantido distante do parceiro venezuelano. E Cuba, que teve a suspensão revogada após 47 anos, não tem voz no órgão.