O 27 de Outubro na Espanha
Guarde essa data: 27 de outubro de 2017. O dia em que a Catalunha, uma das regiões mais visitadas do mundo, declarou a independência. Trata-se de uma sexta-feira histórica, ainda que a independência propriamente dita esteja bem longe de Barcelona. Aos fatos, de forma rezumida:
O parlamento da Catalunha declarou a independência e autorizou eleições para Assembleia Constituinte, que redigiria a nova Carta Magna. Ato contínuo, o Senado espanhol autorizou o uso do artigo 155 da lei máxima espanhola, que prevê intervenção do governo na província.
Nesta tarde, o governo central, com sede em Madri, anunciou a destituição do presidente catalão, Carles Puigdemont, e a convocação de eleições regionais para 21 de dezembro. A procuradoria-geral anunciou uma queixa-crime na semana que vem contra o presidente catalão por "rebelião", um crime pelo qual pode ser condenado a até 30 anos de prisão.
A escalada deste dia extraordinário foi o auge de uma longa e esgotadora queda de braço de vários anos entre Madri e Barcelona. A União Europeia em peso condenou o anúncio de independência e considera o governo de Madri único interlocutor do Estado espanhol.
Ataque fere líder do Hamas
No Oriente Médio, o chefe das forças de segurança do Hamas na Faixa de Gaza, Tawfiq Abu Naim, foi ferido nesta sexta-feira em um atentado com bomba. O ataque ocorre em um momento em que os grupos palestinos estão imersos em uma delicada reconciliação que ainda deve resolver o delicado tema da segurança.
Mianmar permite corredor humanitário
Lembra da crise da etnia rohingya? Nesta sexta-feira, o governo de Mianmar, que tem expulsado essa população, decidiu que vai permitir que a Organização das Nações Unidas (ONU) entregue comida na região norte do Estado de Rakhine. A entidade havia suspendido a distribuição de alimentos há dois meses, alegando que seus funcionários não conseguiam acesso à região. Há pouco mais de um mês, a ONU denunciou a "limpeza étnica" da minoria muçulmana, que é perseguida no Mianmar, majoritariamente budista.
"Nosso objetivo não é a guerra", dizem EUA
Crise entre as Coreias. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, enfatizou nesta sexta os esforços diplomáticos, em vez dos militares, para resolver a crise com a Coreia do Norte. Ele fez a declaração durante uma visita à fronteira tensa e altamente fortificada entre as duas Coreias.
– Nosso objetivo não é a guerra – afirmou.