Eu juro que não queria começar a semana Gre-Nal criticando o meu clube. Mas é inevitável não se chatear quando a reapresentação do grupo, após quatro dias de folga, ocorre sem a presença do treinador, como aconteceu no Grêmio nesta segunda (14). Se o comandante não se apresenta, que mensagem passa aos seus comandados?
É preciso dizer que o Grêmio teve os mesmos quatro dias de folga que o rival e que, quanto a isso, está tudo certo. A diferença é que nós jogamos na semana passada e teremos menos tempo de preparação para o clássico. Por isso, a presença de Renato Portaluppi no início da semana de treinamentos era imprescindível.
Fico me colocando no lugar do grupo de jogadores do Tricolor. Como levar um trabalho a sério quando o chefe se deu um dia a mais de folga para confraternizar com os amigos? Pelo menos foi o que apareceu nas redes sociais na noite desta segunda-feira (14).
Infelizmente, a impressão que eu tenho é que Renato parece aquele funcionário cansado, que já está de aviso prévio e não tem mais nenhuma vontade de estar no trabalho. E me entristece demais dizer isso.
"Ah, mas era treino físico, a presença do treinador não é tão importante assim", dizem alguns. Mas não estão certos. Se tratando de semana Gre-Nal, cada minuto de preparação é fundamental. Ainda mais quando se acumula três derrotas nos últimos três clássicos. Não é hora de pensar em nada mais além do que ganhar do Inter no próximo sábado (19).
Todos nós já tivemos um dia a mais de folga no trabalho, mas é preciso ter bom senso para saber quando existe clima para pedir isso. E agora não é o momento.
Errado está o Renato por desmerecer uma semana tão importante. E mais errado ainda está o Grêmio, por permitir.
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