Entre todos que conheço, Paulo Pelaipe é o melhor. O que estou escrevendo não tem a ver com uma tese que possa ter, ou por outra razão qualquer que não sejam os fatos. Pelaipe esteve num Grêmio quase quebrado, ao lado de Paulo Odone, e encontrou jogadores como Victor, Réver, Souza, Diego Souza, entre outros.
Jogadores de primeiríssimo nível, que foram muito importantes na história recente do Grêmio, e sem custos assustadores. Depois ele foi para o Flamengo, naquele momento um clube que só pagava dívidas milionárias e fazia um futebol franciscano.
Lá, ele foi campeão da Copa do Brasil, tendo como retrato principal o centroavante Hernane Brocador, que era a possibilidade de contratação daquele momento. Este passado de Pelaipe me leva a pensar que ele tem "olho clínico", ou seja, consegue ver qualidade onde ninguém viu e possibilita a formação de grandes times.
Com muito dinheiro, acontece como no Grêmio. Contratou muito, gastou muito, e tem um time lamentável. Mas o Grêmio não gosta do Pelaipe, que além de tudo é gremista doente.
DISPENSAS
Não é fácil dispensar jogadores quando eles têm contrato. No Inter, quando estava na Série B, o vice-presidente de futebol da época, Roberto Melo, negociou com clubes e a eles enviou jogadores que tinham contrato e que não interessam ao departamento de futebol. Mais de 20 jogadores. Na maioria, dividiu salários com os clubes contratantes.
É isto que deve estar na pauta dos dirigentes gremistas. Jogadores caros poderão ter custo muito menor. A folha de pagamentos em caso de Série B poderá ser muito menor e a folha paralela precisa ser muito bem negociada com jogadores que sofrerão dispensas. Este é o trabalho inicial no novo vice presidente de futebol e seu diretor executivo.