Se for confirmada a ida do Grêmio para a Série B, teremos uma longa lista de dispensas de jogadores. Como muitos dos que estarão fora dos planos têm contratos longos, o clube estará criando uma folha de pagamento paralela.
Todos os times têm isto, porque os clubes são obrigados a fazer contratos longos para garantir a presença de jogadores. Se eles não aprovam, fica o transtorno de cumprimento do contrato com altos custos por um profissional que, tecnicamente, não respondeu.
Imagino que o clube terá duas folhas de pagamento com custos altos. O que ouço dizer é que a folha dos profissionais que disputariam a Série B — se o rebaixamento se confirmar — pode ser tão grande como a dos jogadores que estarão sendo dispensados.
Quando o Inter foi para a Série B, o vice de futebol da época, Roberto Melo, tinha uma penca enorme de jogadores que não interessavam. Ele buscou colocação de todos em outros clubes, que bancavam um pouco do salário e o Inter completava. Com isto ele minimizou os custos, que ainda assim continuaram muito expressivos. É o único caminho a ser percorrido.
DESPERDÍCIO — Jean Pyerre tinha a nossa expectativa de se tornar um jogador diferente, fora de série, espetacular. Não se confirmou como jogador. Dá a forte impressão de que não está nem aí para seu trabalho. Eu cheguei a dizer que ele joga outro esporte.
Quem não divide bolas, não se movimenta em campo e fica olhando tudo a seu lado sem ter uma reação mínima, não parece estar jogando futebol. O Grêmio está desistindo dele.
Segundo Eduardo Gabardo, ele está sendo negociado com o Alavés, da Espanha. Uma boa oportunidade para ele se mostrar os adjetivos acima, que por aqui não se confirmaram. Mas será que ele quer mesmo? Estamos, até agora, diante de um desperdício monumental.