O Inter poderia ter ganhado o Gre-Nal — teve seis ou sete situações claras de gol contra uma do Grêmio, com Diego Souza tentando encobrir Daniel e errando. Já os atacantes colorados fizeram Gabriel Chapecó fazer cinco defesas, todas elas de imenso grau de dificuldade.
Foi ele, é só ele, que salvou o Grêmio. A estreia de Luiz Felipe Scolari, ressuscitando Alisson e Cortez, provocou a mediocridade do time. São dois jogadores ineficientes, que em nada contribuíram, e deixaram o time com nove jogadores.
O Grêmio joga muito pouco. O meio-campo não marca, o setor ofensivo não recebe lançamentos favoráveis e, não por outra razão, é o ataque menos eficiente do campeonato.
Do lado colorado, o que se viu foi uma escalação racional, com Diego Aguirre não fazendo improvisações e dando um banho tático no time gremista. Felipão deve estar infeliz pelo jogo, mas morrendo de felicidade pelo escore. Escapou de levar um saco.
Futuro
A situação do Inter não é boa, mas longe de ser dramática. Já a situação gremista é incompreensivelmente ruim. Tendo jogado 27 pontos e ganhado somente três, passará a lutar desesperadamente contra o rebaixamento.
Além da pontuação ridícula, ver o Grêmio jogar é um castigo para seus torcedores. Sei que muitos torcedores acreditam que Felipão muda tudo, mas para mim começou muito mal, escalando jogadores que nada contribuem e levando um rodião do Inter.
Faltam 29 jogos. É bastante. Mas o time precisará melhorar, e muito, para sair do buraco em que está metido — e ainda tem Copa Sul-Americana e Copa do Brasil.
Termina o Gre-Nal, entra Felipão, e a situação continua preocupante. Muito preocupante. E pensar que a folha de pagamentos do futebol do Grêmio beira R$ 15 milhões por mês.