Uma das principais funções de um treinador de futebol está relacionada à escolha dos jogadores, suas escalações e as funções que estes devem executar. Cabe a eles trocar jogadores que não estejam produzindo bem, buscando soluções entre aqueles que estão no banco de reservas.
O Inter tem três casos de jogadores que não estão bem, mas que recebem repetidas oportunidades de Miguel Ángel Ramírez, pensando naquilo que ele determina como "seu modelo de jogo". Claro que começa a receber contestações e acaba irritando boa parte dos torcedores colorados.
Começamos por Zé Gabriel. Tem repetido atuações ruins e sublimou contra o Táchira, quando deixou o atacante do adversário pifado para fazer o gol de empate. No ataque, ele tem duas escolhas que são incompreensíveis na cabeça de quem torce pelo Inter. Palacios, um jovem recém-chegado e ainda não adaptado ao clube, e Marcos Guilherme são presenças que irritam os torcedores.
Os jogadores não são culpados de nada — eles tentam o melhor, são bons jogadores, mas não vivem uma boa fase. Melhor seria retirá-los do time e dar um tempo de recuperação para que voltassem bem. Pior ainda é que a presença de um ou dos dois atacantes coloca no banco de reservas Yuri Alberto, um grande centroavante que precisa estar no time pela sua alta capacidade de fazer gols. E tem ainda Caio Vidal, jovem que foi lançado por Abel Braga e que tem atuações muito mais efetivas do que os escolhidos de Ramírez.
Os resultados, quando positivos, abafam muito estes erros, mas depois da derrota na terça-feira as críticas contra as decisões do treinador ganharam força. Repito: os jogadores têm qualidade, mas estão num momento mais complicado. Má fase acontece com qualquer jogador.