Foi o conselheiro Daniel Tevah que escreveu nas redes sociais que o Grêmio chegou ao final de um ciclo vitorioso. Ele tem razão, mas o importante é saber como se inicia o novo ciclo e se o clube consegue, mais uma vez, ser vitorioso.
O que se vê no grupo do Grêmio são muitos jogadores insuficientes. Os contratados deste ano quase nada acrescentaram, só Diego Souza se justifica. Alguns formados na base, que sempre foi a esperança de jogadores superiores, estão muito abaixo.
Jean Pyerre lembra um zumbi em campo. Não participa das disputas de bola no meio e representa deixar o Grêmio com 10 homens em campo. Pepê jogou muito futebol, foi protagonista e decisivo em muitos jogos, até que chegou a proposta do Porto e se iniciaram as negociações. De lá para cá, ele não jogou mais.
Alisson roda muito em campo, mas espremendo as resultantes de seu trabalho, resta muito pouco. Matheus Henrique também não tem jogada criativa, ainda que seja esforçado e combativo.
Enfim, como diz Daniel Tevah, o ciclo terminou. Renato Portaluppi não tem sabido se comportar publicamente diante das adversidades. Suas entrevistas são cada vez mais patéticas, desafiando Leonardo Gaciba e a imprensa. Reclama do VAR, mas não tem resposta para a ineficiência do seu time.
Como o Palmeiras deixou de fazer 3 a 0 até a expulsão de Luan, a decisão ficou aberta. O Grêmio, mesmo jogando pouco, pode chegar no domingo que vem e levantar o caneco. O Palmeiras também está longe de apresentar futebol de qualidade. Mas, ganhando ou perdendo, o ciclo terminou.
Se Renato renovar com o Grêmio, teremos muitos solavancos pelo caminho. A qualquer resultado ruim, com atuação de má qualidade, soprarão ventos de desaprovação a um trabalho que viu seu ciclo se encerrar. Está claro que o Grêmio precisa mudar, buscar um time novo, olhar o aproveitamento mais frequente dos jogadores formados na base. O Daniel tem razão.
O ciclo se foi. Com grandes lembranças, com grande quantidade de títulos. Só que, neste momento, os gremistas clamam por mudanças.