O que não tem solução, solucionado está. Este é um velho e surrado ditado que está fazendo coro no Inter. Depois de demitir Odair Hellmann, não tendo uma alternativa imediata, a direção colorada se atirou no mercado e não conseguiu o treinador pronto para ser responsável pelo time até o final da gestão Marcelo Medeiros. Eduardo Coudet aceita o salário oferecido, mas só vem em janeiro. A menos que ocorra algo muito diferente do que cenário deste momento. Outros nem quiseram conversar.
Então fica Ricardo Colbachini. Não é o treinador dos dirigentes e muito menos dos torcedores. Mas é um jovem que faz um belo trabalho na equipe de aspirantes, levando o Inter a três finais consecutivas e ganhando duas vezes a competição.
Não é pouco, deve ter muita competência. Mas não tem estrada. Nem sequer passou perto de futebol profissional, até mesmo no Inter. No entanto, não está proibido de fazer um bom trabalho e conseguir o objetivo do clube que é a vaga para a Libertadores. Se conseguir ganhar será ovacionado. Mas, se as vitórias não vierem, vidraceiro, o Corpo de Bombeiros, os seguranças, a Brigada Militar, todos estes terão muito trabalho.
Estas reações de torcedores — ou marginais — quando o clube perde são inaceitáveis para uma sociedade civilizada, mas é o que ocorre. O futuro imediato requer vitórias, pontos ganhos, classificação. Colbachini tem capacidade para fazer o time andar. Torço para que tenha sorte e que traga resultados. Começa na noite desta quinta-feira (17), na Ressacada.
VANTAGENS DO INTER
Vejo até vantagens competitivas de não contar com Eduardo Coudet e sim Colbachini neste momento. O técnico argentino levaria cinco rodadas para saber o nome dos jogadores. Claro que seria assessorado por seu amigo D'Alessandro, uma das vozes mais ativas do Inter.
O jovem treinador interino conhece o grupo, já tomou algumas medidas que eram pedidas pelos torcedores. Contra o Santos, foi médio no primeiro tempo, mas no segundo fez o time andar. Nesta quarta, contra o Avaí, e domingo, contra o Vasco, o time precisa ganhar seis pontos. Não pode o Inter, a esta altura do campeonato, ressuscitar mortos. Tem de passar o trator. Colbachini sabe disto e precisa evitar morosidade do time. Tem que entrar para construir vitórias, indo para cima de adversários muito menos qualificados.