Duas grandes atuações definem a importante e fundamental vitória do Grêmio sobre o Libertad. Sem jogar grande futebol e recuando perigosamente no segundo tempo, os três pontos passaram pelas mãos milagrosas de Paulo Victor e pelos pés mágicos de Everton. O goleiro, evitando gols dos paraguaios, e o atacante, autor de dois golaços.
Claro que isso é uma análise simplificada do jogo. Dá para se falar muito mais. Do Matheuzinho, por exemplo, que parece um veterano. Mesmo de pequena estatura, dá encontrões nos adversários e, apesar da sua grande técnica, é competitivo e já recebeu três cartões amarelos. Podemos falar de Jean Pyerre, que fez uma fila de paraguaios e jogou a bola no travessão. Depois, deu um chutaço de fora da área e quase encontrou o ângulo, mas Martín Silva fez grande defesa e evitou o golaço.
Ainda assim, nada foi maior do que Everton, logo atrás, Paulo Victor. Eles foram as grandes individualidades que justificam uma melhora fundamental do Grêmio.
Metamorfose
Quando voltou derrotado do Chile pela Católica, o terror bateu na porta da Arena. O tropeço da Católica para o Libertad e a vitória gremista sobre o Rosario Central devolveram uma forte ponta de esperança.
Mas faltava a Batalha do Defensores del Chaco, e nela o Grêmio mostrou seu tamanho. Ganhou com autoridade, e agora precisa de uma vitória, dentro da Arena, para se classificar. Não é caso resolvido,mas o sentimento de alívio e metamorfose está plenamente caracterizado. Depois de correr sério risco de eliminação prematuramente, volta o grande Grêmio como candidato ao título da América.
Pode ser que esteja saindo do grande susto para a consagração.