A França era indicada por muita gente como candidata ao título. Tem bons jogadores, tem tradição, já foi campeã do mundo. A surpresa é a Croácia, pequeno país que surge do desdobramento da Iugoslávia, de quatro milhões de habitantes, mas que tem na sua seleção jogadores de qualidade. Quase todos eles jogam em grandes clubes europeus. Este fato explica a chegada dos croatas na grande final do próximo domingo (15) aqui em Moscou.
Penso que o favoritismo pende para a França, mas a diferença dos times é muito pequena, se é que existe. Não me surpreenderei com qualquer resultado que possa acontecer. Só espero ver um grande jogo numa Copa do Mundo que não me agrada tecnicamente. Não se viu por aqui a grande seleção. Não se viu um time estruturado de forma a se receber algum avanço tático. Um legado pobre desta Copa. O que se viu foram seleções jogando da mesma forma, sem criatividade e com poucos jogos empolgantes. Espero sair da Rússia levando uma boa imagem da sua decisão, do seu jogo final e que o campeão seja aquele que priorizou a qualidade do futebol.
Inter
Leandro Damião luta com dores na coluna, fica fora de muitas partidas do Internacional e, quando volta, carece de ritmo de jogo. Até agora, mês sete do ano, marcou apenas dois gols. Um time que tem pretensões precisa mais. O treinador poderia buscar em William Pottker a solução. Ele jogou na Ponte Preta nesta posição. Acontece que Pottker não marca gols faz 14 jogos, ou seja, também não é solução. A direção colorada foi às compras. Achou no Junior de Barranquilla um jogador que lá não foi bem, mas que foi destaque pelo Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores. Jonatan Álvez pronto, rodado e, se diz, com problemas comportamentais. Isto é objeto de administração do clube. O mais importante é que ele ajude marcando gols, contribuindo nas vitórias. É o que o Inter pode fazer. Olhar o mercado e descobrir estas possibilidades. Sem dinheiro, este é o tipo de contratação possível de fazer. E pode ser a solução do problema. Agora é torcer por ele.
Grêmio
Bateu a miudinha no setor de volantes do Grêmio. Arthur se foi, Maicon e Michel retornaram ao Departamento Médico. Ainda bem que o negócio da venda de Jailson para o Santos não se concretizou. Restam ele e Cícero, volantes de carteirinha, conservando Ramiro na sua função sem mudar a estrutura de um time que vem tendo grande sucesso. Claro que cai a qualidade dos jogadores, mas uma estrutura tática bem construída preserva o time. O maior problema continua sendo a administração de três competições ao mesmo tempo. Não há como se sair bem disto. Os grandes e vitoriosos clubes brasileiros são premiados por esta estupidez. A CBF, que deveria tratar bem seu maior campeonato, que é o Brasileirão, é a primeira a diminuí-lo, já que os maiores clubes acabam escalando reservas.