Instalada com a ajuda de um guindaste nesta semana, uma escultura de ferro e palha de trigo, com 12 metros de comprimento e três de altura, tem atraído olhares no Parque da Redenção.
A peça faz parte do projeto Ferro e Dressa, do artista Cesar Cony, 56 anos. Natural de Porto Alegre, ele vive há mais de 10 anos em Antônio Prado, na serra gaúcha, de onde vem a inspiração para sua obra.
– São materiais que remetem à arquitetura e ao artesanato dos imigrantes que colonizaram o município – conta ele.
As dressas, por exemplo, que são as tranças de palha, costumavam ser usadas pelos italianos na confecção de chapéus, cestos e sacolas. Também é possível enxergar na obra elementos ainda visíveis em residências antigas de Antônio Prado, como os óculos de porão – janelas redondas com grades de ferro que, além de proteger, enfeitavam as residências.
A escultura, que já foi exposta na praça central do município da Serra, fica na Redenção até 26 de junho. Para Cesar Cony, o lugar autorizado pela prefeitura de Porto Alegre, em frente ao Monumento ao Expedicionário, não poderia ser melhor: ele foi um dos fundadores do Brique da Redenção, na década de 1980.
– Saí da Capital como joalheiro para morar no Interior. Agora, trouxe minha nova joia para passear em Porto Alegre – brinca o artista.
Com Letícia Costa