O secretário de Cultura de Porto Alegre, Gunter Axt, tem estudado formas de resolver, em definitivo, um problema que parece nunca ter fim: o vandalismo de monumentos.
Gunter sabe que arrumar 10 ou 15, aqui ou ali, é o mesmo que enxugar gelo – na Redenção, por exemplo, uma parceria com a iniciativa privada permitiu a restauração de todas as obras do parque em 2017, mas nenhuma delas durou mais do que duas semanas. Calcula-se que, nos últimos 20 anos, um terço de todos os 300 monumentos da cidade tenha sofrido perda total.
– Não dá para seguir nessa rota de destruição – constata o secretário.
A intenção dele, embora ainda seja uma ideia embrionária, é garantir que a cidade tenha uma zeladoria de monumentos. Ou seja, uma empresa terceirizada que, além de restaurar as obras depredadas, possa levar segurança, iluminação, câmeras de monitoramento, limpeza e manutenção para todas as estátuas, bustos, obeliscos, placas e painéis da Capital.
– Assim como temos um contrato para a iluminação pública da cidade inteira, faríamos o mesmo com os monumentos – considera Gunter.
O secretário marcou para amanhã uma reunião com representantes da prefeitura e do setor privado para debater o projeto e avançar no formato. Se a proposta virar realidade, Porto Alegre pode ser pioneira ao erradicar uma praga que ainda parece indestrutível.