Na reunião marcada para as 15h desta quarta-feira (9) entre o prefeito Marchezan e as entidades empresariais, representantes do comércio vão pedir para estender os horários de funcionamento em Porto Alegre.
Atualmente, as lojas de rua podem abrir das 9h às 17h. Os comerciantes argumentam que, justamente no horário que mais atraía clientes – após o expediente de trabalho –, as lojas estão fechadas. Por isso, querem autorização para operar até as 18h ou 19h.
Já nos shopping centers, onde as lojas podem operar até as 20h, os representantes do setor vão pedir para estender o horário até as 22h. A intenção é alinhar com o horário dos restaurantes, que, mesmo dentro dos shoppings, estão liberados para atender até esse horário.
– Sendo bem sincero, sabemos que é difícil (a prefeitura aceitar essas novas propostas). A gente reconhece que houve um avanço muito grande nas últimas semanas, com a liberação do comércio aos sábados – diz o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas), Paulo Kruse.
De fato, é improvável que as demandas sejam atendidas. Embora a Capital já tenha 50 dias de estabilidade nos indicadores de saúde, esses índices se mantêm elevadíssimos. Por exemplo: o número de leitos ocupados em UTIs tem oscilado entre 300 e 347, o que representa uma variação pequena. Mas, como o total de leitos é 383, basta uma leve aceleração para a capacidade do sistema de saúde se esgotar.
Se as solicitações do comércio forem atendidas, Porto Alegre, na prática, voltaria ao normal – antes da pandemia, as lojas funcionavam exatamente no horário que as entidades estão pedindo.
– É importante avançarmos, mas sabemos que é preciso cautela, porque retroceder e fechar novamente seria terrível – reconhece Paulo Kruse.