Primeiro, veio a ideia de um puxador de portas que funciona com o antebraço – essa região do corpo, tão pouco lembrada, encaixa na peça direitinho. Ideal, por exemplo, para geladeira de posto de gasolina.
Depois, ao notar que ninguém queria botar a mão na maçaneta do prédio, outra solução: uma espécie de alça para abrir a porta com o pé. Aí veio o chaveiro anticontato, um pequeno instrumento para apertar o botão do elevador, usar o caixa eletrônico, digitar a senha do cartão, essas coisas.
– A gente viu que era um mercado promissor, mas não esperava que fosse dar tão certo – orgulha-se o engenheiro mecânico Mateus Mello, 26 anos, um dos sócios da Provid, que nasceu em maio na capital gaúcha.
Antes da pandemia, Mateus desenvolvia equipamentos para o setor de eventos, um dos mais impactados pela crise. Determinado a se reinventar, comprou uma impressora 3D: a ideia era vender protetor facial, e a demanda cresceu tanto que ele chamou o amigo Eduardo Tannhauser, 30 anos, também engenheiro mecânico, para entrar no negócio.
– Nos demos conta de que havia um leque de possibilidades – diz Mateus, lembrando que outros dois produtos diferentões, agora relacionados às máscaras, estão prestes a sair.
Os itens já lançados têm sido vendidos para condomínios, consultórios, supermercados e pessoas comuns – tudo pelo perfil da marca no Instagram –, por preços que variam de R$ 15 a R$ 75. Alguns foram inspirados no que já se existe no Exterior, outros são invenções da dupla de sócios.
– Aquele com o pé foi inspirado numa mania minha, de usar o pé para entrar no prédio. Conversei com o síndico, fizemos um teste e funcionou bem – conta Mateus, para depois concluir: – Quem não se adapta não sobrevive.
Com Rossana Ruschel