Eles se encontravam toda quarta-feira para dançar tango em uma escola de dança no bairro Floresta, em Porto Alegre.
Com a pandemia, o pessoal do grupo 8 Adelante, coordenado voluntariamente pelo argentino Daniel Osvaldo Carlos, 56 anos, tiveram as aulas canceladas, mas decidiram se manter unidos. Grande parte dos 120 alunos, a maioria com mais de 60 anos, se reúne agora pelo WhatsApp, onde eles enviam pequenos vídeos caseiros dançando.
– É o "baile do confinamento". Uma forma de dançarmos juntos, mesmo que cada um dentro de sua casa. Sei que alguns andam meio depressivos, e a dança ajuda a trazer esperança e fortalece o sistema imunológico – diz Daniel.
As imagens enviadas pelos alunos são repassadas a um editor. Tornam-se, assim, vídeos bem-humorados com direito a trilha sonora, figurino e roteiro. Com a ajuda de Daniel, pelo celular, os alunos também aperfeiçoam os passos, aprendem novas manobras e afugentam o tédio do isolamento.
– A gente também troca receitas e conta piadas. Só é proibido falar de política – alerta o professor.
Criado por Daniel há 14 anos, o 8 Adelante e leva o nome de um movimento do tango: o giro com marcação masculina para possibilitar o avanço da parceira. Para participar dos encontros virtuais, envie um e-mail para tango.poa@gmail.com.
Com Rossana Ruschel