Já é a terceira vez no ano: o cachorródromo da Praça Brigadeiro Sampaio, no Centro Histórico, conhecido por gerar briga entre vizinhos, amanheceu com a tela depredada – e precisou ser remendado por frequentadores. Segundo a moradora Ionara Bachi, 41 anos, nove metros do cercado foram arrancados na madrugada do último domingo.
– É uma tela dura, muito difícil de rasgar. Fazem isso porque não gostam dos cachorros ali: querem que a gente desista do lugar – afirma ela, que é síndica de um condomínio nas redondezas.
Ionara diz que vai protocolar na prefeitura um abaixo-assinado no qual, segundo ela, cerca de 500 frequentadores pedem que o cachorródromo permaneça onde está e, portanto, não seja transferido para outro canto da praça – como defende um segundo grupo de moradores. Esse grupo, no final de janeiro, já entregou ao Executivo uma petição com mais de cem assinaturas solicitando a troca de lugar.
Em resumo, enquanto uma parte dos vizinhos alega que os latidos, no cachorródromo, não dão trégua nem de madrugada, os outros negam a barulheira e dizem que a localização atual é o único espaço iluminado da praça. O caso está em análise há quase sete meses na Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
No domingo passado, pedaços da tela vandalizada foram encontrados em cima de uma árvore e perto de um contêiner de lixo. Ionara e três vizinhos remendaram o cercado pela terceira vez – as outras depredações ocorreram em janeiro e em fevereiro.
– Não tem justificativa, ainda mais agora, que o cachorródromo está sempre vazio – diz a moradora.
Com Rossana Ruschel