Quase quatro décadas depois da sua instalação, em 1982, o aeromóvel do Gasômetro começou a ser removido na manhã desta quarta-feira (2), em Porto Alegre. O primeiro dos dois vagões, de seis toneladas e 12 metros de comprimento, foi retirado por um guindaste em uma operação que levou cerca de quatro horas. Após a remoção da segunda unidade, que deve ser concluída à tarde, o veículo será transportado em caminhões até a sede da Coester Automação, em São Leopoldo, onde ficará exposto como acervo histórico.
— Quando construído, ele teve um papel revolucionário. É importante preservar essa história — afirma Marcus Coester, CEO da Aeromovel Brasil, empresa responsável pelo projeto.
O primeiro vagão que o guindaste ergueu estava envolto por quatro cintas de sustentação e preso a uma resistente estrutura metálica. Dois trilhos foram fixados na base do veículo, para que o vagão pudesse ser movimentado sem balançar.
— Desta forma, temos mais segurança, pois qualquer movimento brusco ou em falso poderia fazê-los tombar — diz Julio Detoni, gerente operacional da Aeromovel Brasil.
A ideia é que a retirada do veículo, já obsoleto e degradado pelo tempo, facilite a análise das vigas e pilares, realizada por engenheiros da UFRGS. O estudo avalia as condições da estrutura, para viabilizar a nova proposta de investimento que a empresa tem para o aeromóvel do Gasômetro.
O projeto apresentado à prefeitura no mês passado, conforme a coluna adiantou nessa terça-feira (1º), propõe a restauração da estrutura que sustenta os trilhos — que começa próximo ao prédio da Receita Federal e termina na praça em frente ao Gasômetro — e o seu prolongamento pela beira do Guaíba. A intenção é transformar o aeromóvel em um transporte turístico que interligaria parques como a orla, o Marinha e o Maurício Sirotsky Sobrinho.
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Com Rossana Ruschel