Presidente da Câmara Municipal, a vereadora Mônica Leal (PP) chegou a bloquear no WhatsApp o colega Valter Nagelstein (MDB), que presidiu o Legislativo no ano passado.
Os dois vêm se estranhando há meses: em fevereiro, Mônica sentiu-se atropelada quando Nagelstein propôs o título de cidadão emérito de Porto Alegre ao general Hamilton Mourão.
– Eu já havia expressado minha vontade de fazer essa homenagem – afirma ela, que, além de amiga pessoal do vice-presidente da República, é conhecida pela defesa dos militares.
No mês seguinte, para irritação de Nagelstein, Mônica convocou a tradicional sessão solene para celebrar a criação do Estado de Israel – quem costuma fazer isso, todo ano, é o vereador do MDB, figura atuante na comunidade judaica.
Nagelstein também tem criticado a colega porque, como presidente, ela não seguiu como ele queria um plano iniciado em sua gestão: além de acabar com impressões em papel, o novo sistema eletrônico da Câmara tornaria públicos, na internet, todos os documentos de processos legislativos.
– A decisão da presidente é um enorme retrocesso – cutuca o vereador, embora Mônica ressalte seguir orientações da área técnica da Casa.
*Colaborou Paulo Egídio