Refúgio frequente de ratos, com azulejos degradados e vegetação crescendo, a Fonte Talavera de La Reina, em frente à prefeitura, não funciona há um ano e meio, desde que o sistema de reaproveitamento de água pifou. Projetado em 1935 pelo espanhol Juan Ruiz de Luna, o monumento foi um presente a Porto Alegre em alusão ao centenário da Revolução Farroupilha
O coordenador da Memória Cultural do município, Eduardo Hahn, reconhece que a última retirada de calcário – a camada branca formada quando a água se cristaliza – ocorreu em 2008. Segundo ele, o lixo descartado pelas pessoas se acumula em volta da obra desde que uma grade foi instalada, no mesmo ano. É o que explica a presença dos ratos.
– Esse cercamento é o maior problema. Ele protege de vandalismos, mas restringe a entrada dos funcionários do DMLU. Eles conseguem fazer a limpeza uma vez a cada duas semanas, em média – afirma Hahn.
A prefeitura busca patrocínio para uma reforma de R$ 250 mil. Mas, até agora, não há sinal de um edital para captar os recursos.
A revitalização incluiria o rebaixamento da grade de proteção, limpeza dos calcários nos azulejos, revisão das redes elétrica e hidráulica, troca de pedras quebradas e instalação de uma estrutura de concreto para evitar o crescimento de grama.