Cento e cinquenta moradores de rua da Capital devem retornar às suas cidades de origem até o fim do ano. É a meta da prefeitura, que prevê outros 150 deixando Porto Alegre em 2019 e mais 150 em 2020.
Para pagar as viagens, o governo municipal fechou acordo com a Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado (Fetergs) e com a Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal (RTI). As duas entidades vão garantir passagens sem custo aos moradores de rua.
O projeto faz parte do robusto plano anunciado em maio pelo prefeito Marchezan – o objetivo é oferecer moradia, tratamento médico, internação e emprego a centenas de sem-teto. Conforme a prefeitura, o retorno de parte deles às suas cidades de origem é uma demanda dos próprios moradores de rua. São eles que expressam essa vontade ao passarem por albergues, abrigos e outros centros de atendimento do município.
Portanto, segundo a prefeitura, já existe uma lista de pessoas interessadas em sair de Porto Alegre. A previsão de 450 deixando a cidade até 2020 é uma estimativa baseada no que os assistentes sociais acompanham diariamente. “A assistência social tem o cuidado de sempre fazer contato prévio com as famílias de quem solicita as passagens”, afirma a assessoria do governo em nota enviada à coluna.
De acordo com a nota, alguns pedidos são para Florianópolis, Curitiba e São Paulo, mas a maioria esmagadora quer resgatar vínculos com famílias estabelecidas no interior do Estado.