Filho do folclorista Paixão Côrtes – homem que serviu de modelo para a Estátua do Laçador –, o engenheiro agrônomo Carlos Paixão apoia a transferência da obra para outro local. E diz que seu pai, hoje aos 90 anos, vem criticando há tempos a localização atual do monumento.
– Infelizmente, o Laçador não funcionou onde está. Se eu vou a um lugar onde tem uma atração turística, mas, chegando lá, não existe ninguém sequer para me vender uma água, então aquilo não é um ponto turístico – avalia ele.
A coluna tentou falar com Paixão Côrtes, mas problemas de saúde têm dificultado sua comunicação.
– Meu pai, na época da transferência (em 2007), já dizia que um símbolo precisa estar acessível às pessoas. E a população não adotou aquele local, não há fluxo de gente ali – diz Carlos Paixão.
Na terça-feira, a coluna adiantou que uma articulação envolvendo prefeitura e iniciativa privada planeja trocar o Laçador de lugar. A ideia, primeiro, é fazer uma consulta à população. De fato, o Laçador, no lugar onde está, perdeu sua imponência.
Quem passa por ali, se está entrando na cidade, vê a estátua de longe, pequeninha, lá do outro lado da pista. Se está saindo da cidade, vê a estátua de costas. O Laçador não recepciona mais ninguém, não empolga, não chama atenção.