É tragicômica, quase ridícula, a causa que provocou tantas rachaduras no Laçador nos últimos anos – e que agora obriga a estátua a passar por uma delicada restauração.
Provavelmente em 2007, quando o monumento foi transferido para a Avenida dos Estados, alguém decidiu preencher as pernas da estátua com concreto. Técnicos contratados pelo Sinduscon – entidade que comanda o projeto de restauração – acreditam que a ideia era tornar o Laçador mais resistente às intempéries, já que originalmente a obra era oca. Uma burrada.
Como a estátua é de metal, a dilatação do concreto com o calor e com a chuva foi abrindo fissuras no revestimento de bronze. Agora, na restauração prevista para começar em 2019, o concreto será retirado – e uma resistente estrutura, com vigas e colunas de metal, será instalada no interior do monumento.
O plano para recuperar a Estátua do Laçador – que sofre com infiltração de insetos, vegetação e poças d'água – deu um novo salto neste mês: depois do diagnóstico realizado no ano passado pelo restaurador francês Antoine Amarger, agora o projeto para a captação de recursos começa a ganhar fôlego.
– Estamos entrando na segunda etapa, que é a restauração de fato do monumento – diz o vice-presidente do Sinduscon, Zalmir Chwatzmann, que coordena na entidade o programa Resgate do Patrimônio Histórico.