Vejam só, aquela viagem ao Brasil deu o maior rolo! O governo venezuelano denunciou o presidente do parlamento local, Julio Borges, ao Ministério Público, que levará o caso no qual ele estaria envolvido à Justiça dominada pelo chavismo. Motivo: dizem entender que ele "usurpou funções" do presidente Nicolás Maduro e promoveu a desestabilização do governo. E o que levou a isso? Estas são as palavras do advogado governista Antonio Molina, representando, claro, o presidente Maduro: "Este cidadão se deu a tarefa de ir ao Brasil e à Colômbia, convidando os governos desse país a se envolverem na ordem interna dos venezuelanos. Busca a desestabilização do governo".
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Além disso, os advogados consideram que Borges não é presidente do parlamento, alegando que o ato por meio do qual foi selecionado para ocupar o cargo foi declarado "nulo" pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
O Poder Judiciário considera que a Assembleia Nacional, de maioria oposicionista, está em "desacato", e todas suas decisões são "nulas" por não ter desligado formalmente três deputados opositores acusados de fraude eleitoral.
- Se não está investido do cargo, não pode estar recorrendo a países, usurpando funções que são do presidente, que é o único legitimado para dirigir as relações internacionais - acrescentou Molina.
Nas últimas duas semanas, Borges visitou os Congressos de Brasil e Colômbia para denunciar a crise política e econômica da Venezuela.
Para o presidente da Associação de Advogados Bolivarianos (chavista e governista, portanto), Francisco Morillo, Borges quer "desestabilizar o equilíbrio, a paz e a democracia do povo venezuelano".
Assim está a Venezuela...