Não está fácil a vida na Argentina.
Primeira notícia: o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 4,3% em junho e fechou o semestre com retração de 1,3%.
Segunda notícia: a estimativa de inflação para 2016 é de 45%.
Terceira notícia: o desemprego argentino atingiu 9,3% no segundo trimestre deste ano, conforme o Idec (órgão equivalente ao IBGE).
Foi a primeira pesquisa sobre mercado de trabalho divulgada desde que Mauricio Macri chegou à Presidência, em dezembro de 2015. O último dado disponível era referente ao terceiro trimestre de 2015, quando a taxa havia ficado em 5,9%. Ou seja, a alta foi pronunciada, com a ressalva, claro, de que as estatísticas no governo de Cristina Kirchner (2007-2015) não são consideradas confiáveis, havendo diversos relatos de manipulações.
O certo é que 106.944 postos foram fechados apenas no setor privado desde que o presidente Mauricio Macri assumiu, em dezembro do ano passado, até maio.
As demissões e os aumentos de tarifas (que contribuem decisivamente para a inflação) são os motivos que têm levado os argentinos a protestar nas ruas do país. O aumento nas tarifas teve de ser detido pelo Judiciário. Chegou a 1.000%!