O Gre-Nal começou 10 minutos antes de a bola rolar. Isso porque Bustos dá uma entrada em Valencia durante o aquecimento colorado, que podia ter tirado o equatoriano do jogo. No fim, um "meio Valencia" foi a campo e teve de ser substituído no segundo tempo.
O fato passa por uma máxima que os futebolistas adoram dizer e beira o ridículo: "treino é jogo e jogo é guerra". Segundo essa linha, o aquecimento passa a ser a batalha universal do fim do mundo.
Nunca tinha visto, em toda a minha vida, um carrinho de um jogador em seu próprio companheiro em pleno aquecimento. Não chega a tirar o jogador da partida, porém, tira a metade da capacidade da produção desse atleta. É patético.
Valencia foi abaixo no clássico em relação aos últimos jogos justamente por isso. Ele só não entra no "bolso" de Kannemann, como os torcedores gostam de dizer, porque o zagueiro argentino joga, há algum tempo, um esporte em que só ele pratica, em que ele nunca faz falta, nunca faz pênalti e nunca merece tomar cartão. Isso não é futebol.
No fim, o Inter foi melhor e mereceu a vitória no Gre-Nal. Coudet só precisa definir entre trocar ou proteger uma peça: Renê. Se o treinador acredita fielmente que o lateral está sendo suficiente, o Inter terá problemas neste ano.
Já o Grêmio, comparado a ele mesmo, parece melhorar muito. Tem bons nomes surgindo, como Gustavo Nunes e Nathan Fernandes, além dos contratados que podem fazer diferença, como Pavón, Diego Costa e Soteldo.