Na coletiva após a vitória sobre o Avenida, em Santa Cruz do Sul, Renato emitiu duas opiniões sobre o Gauchão. Uma delas, eu assino embaixo — que não precisa, obviamente, mas é assim. E outra que discordo veementemente. Vamos lá.
Concordo com a primeira fala, em que ele pede que a Federação Gaúcha de Futebol obrigue quem regulamenta os clubes a terem alguns cuidados essenciais: luz, gramado e vestiário. Nessa, ele está coberto de razão. É uma questão de produto. E o produto Gauchão é um fenômeno.
Porém, no intervalo da partida entre Avenida e Grêmio, um dos times simplesmente não foi ao vestiário, pois não tinha espaço suficiente para estar lá. Foi isso que acabamos vendendo ao Brasil.
Já a parte que Renato não parece ter razão é quando ele fala que a paciência dele tem limite, do tipo "não vou mais jogar com os titulares no Gauchão". Só que essa decisão estratégica não cabe ao Renato, por mais méritos que ele tenha, inclusive tendo uma estátua na Arena.
A direção e o conselho de gestão do clube são os únicos que podem decidir o quanto o Grêmio irá valorizar o Campeonato Gaúcho. É uma decisão estratégica que cabe exclusivamente à diretoria gremista.