Gravei Botequim do Maurício com Clemer e Carlos Miguel quinta-feira passada. A pauta, claro, Libertadores. O treinador vice-campeão gaúcho com o Brasil-Pel no ano passado era goleiro daquele Inter de 2006. Citou duas defesas fundamentais para a conquista. Numa, contra a LDU já em fase eliminatória, defendeu uma cobrança de falta embaixo e salvou a classificação colorada. Clemer lembrou do salto de Abel Braga, mais de 120 quilos projetados em sua direção em franca euforia.
A outra defesa foi contra Alex Dias, já na final do Beira-Rio. O goleiro pensou sair no cruzamento de Júnior, desistiu, ficou sob as traves e voou contra a bola fortemente cabeceada pelo atacante são-paulino. Antes, Clemer teve a sorte dos campeões ao ver um chute de Guiñazu pelo Libertad explodir na trave e nas suas pernas sem entrar no gol. Ali, disse ele, os jogadores colorados sentiram que seriam campeões.
Carlos Miguel
A mesma sensação teve Carlos Miguel em 1995, quando o Grêmio escapou da eliminação no Parque Antártica. O Palmeiras devolveu a goleada sofrida no Olímpico quase toda. Faltou um gol, que o Grêmio suou para evitar tendo um jogador a menos durante mais da metade da partida.
Quando soou o apito final, o meia e seus companheiros tinham certeza de que ninguém mais tiraria o título do Grêmio. Libertadores se ganha assim, me disseram os dois convidados do Botequim. Com competência, estudo do adversário, força, superação e, sem dúvida, alguma sorte.