Se a lógica prevalecer, o Grêmio será campeão da Recopa quarta-feira que vem na Arena. O Independiente não se assustará com o gigantismo do estádio, times argentinos se sentem à vontade jogando a segunda das finais fora de sua casa. Porém, com toda naturalidade que ostente para decidir como visitante, o Independiente é inferior ao Grêmio, não conseguiu fazer valer o fator local na ida e, não bastasse, terá um Grêmio mais forte pela frente.
O retorno de Arthur é a melhor notícia possível. Ainda falta dramaticamente um centroavante, mas Luan está ativo e animado, a dupla de zaga é a melhor da América, o time não perdeu a mão de jogar no toque e na profundidade, mesmo que sua condição física insuficiente nesta hora lhe impeça regularidade durante todo jogo.
Arthur, neste contexto, se soma a Luan, devolve qualidade e velocidade na saída da bola desde o campo do Grêmio, estabiliza, temporiza. Maicon está abaixo de sua melhor forma técnica e física, crescerá com Arthur. O já citado Luan, também. A roda vai girar sem ranger com Arthur de volta à engrenagem, por mais que o menino esteja abaixo dos demais em ritmo de jogo e condicionamento físico.
Conquistada a Recopa, restarão desafios de curto prazo ao Grêmio como, por exemplo, se classificar entre os oito no Gauchão. A fase de todos contra todos se encerra com Gre-Nal no Beira-Rio. Se o Grêmio chegar ao clássico precisando de vitória para não ser eliminado, o jogo cresce em drama, poderá ser histórico para os colorados caso impeçam o Grêmio de avançar na competição.
Uma vitória em Veranópolis neste sábado seria decisiva para atenuar a dificuldade da futura empreitada. Problema é que não irão os titulares e o Veranópolis do Júlio Camargo não perdeu em casa ainda. Como gosta de dizer Renato Portaluppi nas coletivas, "pode ter certeza" de que não será fácil no Antônio Davi Farina.