Após a abertura de uma discussão sobre a renovação antecipada da concessão da Malha Sul, que faz a ligação ferroviária entre São Paulo e o Rio Grande do Sul, os governos dos quatro Estados envolvidos decidiram atuar conjuntamente para pressionar pela garantia de investimentos robustos no modal. Nesta terça-feira (5), o vice-governador Gabriel Souza, que coordena um grupo de trabalho criado no âmbito do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) para tratar do tema, esteve em Brasília para apresentar o pleito ao secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.
A partir de agora, reuniões bimestrais envolvendo o governo federal e representantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo vão discutir detalhes da proposta apresentada pela empresa Rumo, que pretende estender o contrato que termina em 2027 por mais 30 anos. Há consenso de que a malha ferroviária é subutilizada, sofreu nos últimos anos com falta de investimentos e precisa de um aporte robusto.
Mais do que discutir se a melhor opção é renovar a concessão ou realizar uma nova licitação, o objetivo é assegurar que a Malha Sul evolua.
— Não podemos perder a oportunidade, a próxima discussão será somente daqui a 30 anos. No Estado, temos previsão de mais demanda pelo modal ferroviário e queremos acompanhar de perto as definições — disse o vice-governador à coluna.
A Malha Sul possui 7.223 quilômetros, sendo 3.259 quilômetros no RS. Segundo estimativa do Sindicato dos Ferroviários do Estado, estão em utilização, hoje, cerca de 1,1 mil quilômetros. Os outros trechos foram abandonados, sob pretexto de não possuírem viabilidade econômica. O modal é utilizado no Estado especialmente para o transporte de grãos e fertilizantes.