Depois da queda expressiva de 1,48% na véspera, com o "fico" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o dólar até ensaiou uma ligeira alta na manhã desta terça-feira (5), mas inverteu a mão logo depois do anúncio de que a reunião do dia de alinhamento da redução de gastos havia sido antecipada das 16h para as 13h30min.
Fechou o dia com nova queda - essa menos significativa - de 0,63%, para R$ 5,746. É mais um sintoma da expectativa ansiosa do mercado pelo pacote. Hoje foi dia de discutir as medidas com os ministérios da Previdência e do Desenvolvimento Social. Na véspera, haviam sido chamados os de Educação, Saúde e Trabalho.
Dados os convocados, a percepção é de que, de fato, pode vir um pacote "consistente".
E assim como na véspera, a expectativa é de que o anúncio possa ser feito a qualquer momento. Como a quarta-feira (6) é dia de reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC), especula-se que o intervalo pós-fechamento do mercado e antes do comunicado seja ideal.
Isso permitiria que o texto do Banco Central (BC) que vai acompanhar a esperada alta de 0,5 ponto percentual, para 11,25%, já registre melhor cenário à frente, com menor pressão fiscal. Mas como o governo Lula está sendo eficiente em manter o suspense sobre o pacote - e o dólar um pouco mais longe do recorde nominal histórico -, tudo pode acontecer. Ou nada.