Depois de subir 1,5% na sexta-feira (1º) e ficar a R$ 0,032 de bater o recorde nominal histórico, o dólar devolveu quase toda a alta anterior nesta segunda-feira (4). Fechou em R$ 5,783, com queda de 1,48%.
O motivo foi o "fico" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ia para a Europa mas, na versão oficial, recebeu pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ficar no país.
Isso significa que a expectativa do mercado é de que o pacote de corte de gastos seja anunciado logo. Não está descartada sequer a possibilidade de que anúncio ainda nesta segunda-feira. Ou não, como tudo o que depende de cálculos delicados.
Pela manhã, Haddad fez questão de dizer que Lula se envolveu na análise das medidas durante o final de semana. E embora tenha afirmado que o pacote sairia "ainda nesta semana", deu uma pista:
— Só por deferência ao presidente, ele que vai organizar a comunicação, a reunião nessa tarde tem essa finalidade. Então, por deferência a ele, vamos aguardar algumas horas, porque, afinal de contas, ele que vai definir quem comunica, como comunica, o modelo de apresentação, então, eu peço algumas horas para termos um encaminhamento da parte dele.
O ministro mencionou "horas" duas vezes, não dias. E à tarde, surgiu a informação de que as ministras da Gestão, Ester Dweck, e do Planejamento, Simone Tebet, foram chamadas ao Planalto.
A agenda da semana é complexa: a terça é da eleição nos EUA, na quarta tem decisão do Banco Central sobre juro aqui e, na quinta, nos Estados Unidos. Se o pacote for consistente, pode compensar parte do estresse que vai marcar os próximos dias. Se...